Não é de hoje que o chocolate é apreciado por seu sabor irresistível. Sua história começa na América Latina com os povos maias, que popularizaram seu consumo: eles processavam a semente do cacau e dela extraíam uma pasta que era misturada à água e farinha de milho.

Quando os astecas dominaram a civilização maia, por volta do ano 1400, o chocolate passou a ser ofertado aos deuses em cerimônias especiais e se tornou até moeda de troca, tamanha sua importância. Virou também bebida dos nobres astecas e foi batizado de cacauhatl – água de cacau.

Com a colonização espanhola, o cacau é levado para a Europa e surgem as primeiras versões do chocolate quente com a adição de açúcar à receita.

O chocolate conquista o coração e o paladar dos europeus

Até o século 17, o chocolate era artigo de luxo na Europa. Mas tudo mudou a partir da Revolução Industrial, em 1700. Com o desenvolvimento de máquinas para produção em larga escala, o cacau passa a ser processado em grandes quantidade e torna o chocolate um produto mais acessível para a população.

Em 1829, outra invenção dá novos rumos à essa história. O holandês Conrad Van Houten constrói uma prensa que consegue retirar a manteiga de cacau da semente e transformar o restante da fruta em pó, criando uma versão ainda mais cremosa e saborosa do chocolate quente.

Com essa separação das partes do cacau é que foi possível criar o chocolate em pó e novos sabores como o chocolate branco e o chocolate ao leite. Ainda no século 19, foram produzidas também as primeiras barras de chocolate em larga escala, pela fábrica inglesa Fry Company.

O chocolate no Brasil

Os registros históricos indicam que as sementes de cacau chegaram ao Brasil em 1746, como presente a um fazendeiro do sul da Bahia. Por aqui, o cacau encontrou as condições ideais de clima para seu cultivo. Pouco tempo depois, as lavouras prosperaram e o fruto se tornava o principal produto para exportação de nosso país.

Assim, o Brasil alcançou o posto de maior produtor mundial de cacau, lugar que ocupou até 1920. Hoje, somos o 5º produtor de cacau do mundo.

*Fontes: Revista Galileu e 360 Meridianos